Sobre

A PIROGRAFIA

A palavra pirografia é de origem grega e significa “fogo + escrita”. Cogita-se que a pirografia foi uma das primeiras manifestações artísticas humanas, em função da descoberta do fogo há mais ou menos dez mil anos. É uma forma de arte primitiva, ancestral, tão antiga, que para alguns estudiosos, a palavra antropologia pode ser utilizada.

A grande revolução desta arte ocorreu na Idade dos Metais, quando o ser humano dominou a criação de ferramentas metálicas. E foi só na Idade Média que esta arte floresceu.

Nas tabernas da Europa do século XVII, homens colocavam fogo em lareiras e utilizavam uma ferramenta para acomodar as brasas e a lenha. Essa ferramenta rústica, de ferro e cabo de madeira, aquecia e em brasa era usada para decorar as mesas e paredes de madeira e por ser chamada de poker, deu origem ao termo Poker Art  ou Poker Work.

O primeiro trabalho impresso sobre pirografia data de 1751, publicado na Inglaterra. Atualmente há em museus da Europa, aparelhos utilizados no Século XIX, onde principalmente mulheres aqueciam vários pokers em carvão, para realizar trabalhos mais detalhados e finos. Com o aparecimento de novas matérias primas como a cortiça e o couro animal a arte difundiu-se.

No final do século XVIII, o benzeno era o combustível predominante. Um sistema de pirografia foi criado com uma garrafa e duas mangueiras de borracha. Através do bombeamento de um atomizador (como os utilizados por perfumes) o artista conseguia manter a caneta aquecida mais tempo. Nessa época, também chamada de Era Vitoriana, a Pirografia floresceu na Europa e nos Estados Unidos, tornando-se uma arte popular. Alguns dos trabalhos do inventor deste sistema de pirografia ainda podem ser vistos no Smithsonian Institute, em Washington.

Finalmente, o advento da eletricidade veio facilitar muito o trabalho do artista pirogravurador. Os primeiros ferros de soldar elétricos foram utilizados com sucesso na pirografia. Em 1916, houve a primeira patente para a “Hot Point Pen” (ou caneta de ponta quente). O fio que levava energia para a caneta passava por um reostato, que controlava a intensidade da corrente, dando ao artista a variação de temperatura, tão necessária para os efeitos de luz e sombra.  Teve início a pirografia realista. Trabalhos impressionantes foram criados, podendo ser vistos ainda hoje.